Quando falamos da atuação do fisioterapeuta frente a lesões musculares de jogadores de futebol, já lembramos da parte mais complicada que é o tratamento a longo prazo, reconstrução de ligamentos ou coisa do tipo. Mas há uma etapa anterior a tudo isso e que vem ganhando espaço e importância dentro da fisioterapia esportiva.
A prevenção de lesões no futebol é uma especialidade que vem crescendo e ganhando a atenção dos fisioterapeutas que trabalham ligados ao futebol. Sendo fisioterapeuta em clube esportivo ou em clínica própria, encontrar um profissional capaz de predizer lesões é um item cada vez mais requisitado pelos atletas.
No artigo de hoje nós iremos abordar como o fisioterapeuta pode atuar frente a lesões musculares de jogadores de futebol, buscando não só tratar quando a patologia já aconteceu, mas também evitá-las.
Lesões musculares mais comuns em jogadores de futebol
O futebol é o esporte mais popular do mundo sendo praticado por quase 400 milhões de pessoas, das mais diversas faixas etárias, raças e culturas. Desse total, só no Brasil há mais de 30 milhões.
De acordo com a Federação Internacional de Futebol (FIFA) há, aproximadamente, mais de 200 milhões de atletas licenciados pela federação em todo o mundo. São números grandes de um esporte caracterizado pelo contato físico, movimentos curtos, rápidos e não contínuos, como aceleração, desaceleração, mudanças de direção, saltos, etc. (SILVA et al, 2005)
Por esses motivos é também um esporte que apresenta um alto número de lesões musculares, sendo o esporte com o maior número de lesões no mundo. É estimado que de 3,5% a 10% dos traumas físicos tratados em hospitais europeus são causados pelo futebol.
E das lesões que ocorrem no esporte, quais são as mais comuns e que demandam atenção dos fisioterapeutas?
Primeiro é importante entender que as lesões no futebol são divididas entre lesões agudas ou crônicas. Em que as lesões agudas são caracterizadas com algum dano a um tecido, órgão ou articulação. Já as lesões crônicas originam-se de uma evolução cumulativa, isto é, quando uma estrutura é exposta à ação repetitiva ao longo do tempo.
É possível afirmar, com base no grande número de achados na literatura, que a lesão de ligamento cruzado anterior (LCA) e lesões nos isquiotibiais (posterior da coxa) são duas das principais lesões no futebol. Elas podem afastar o atleta por meses do esporte e fazer com que o fisioterapeuta tenha que desenvolver programas ou protocolos ideias de reabilitação.
Mas, o ideal mesmo, está sendo encontrar técnicas para prevenção dessas lesões. Identificando déficits de força entre os músculos e trabalhando a região enfraquecida. E por que isso é tem sido tão importante?
Benefícios da prevenção de lesão
A fisioterapia é uma profissão nova com apenas 50 anos de regulamentação, mas a cada ano que passa vem mostrando seu valor e se tornando indispensável com enfoque preventivo.
Na área esportiva, muito além de tratar e reabilitar o atleta, o fisioterapeuta tem um papel importante na implementação de medidas preventivas no sentido de evitar lesões e, consequentemente, o afastamento do jogador do futebol.
E quando o fisioterapeuta tem sucesso na implementação de programas de prevenção, ganha não somente o jogador, mas a equipe como um todo. Já que um jogador lesionado pode trazer prejuízos financeiros e competitivos à equipe.
A prevenção de lesão no futebol, inclusive, tem esse grande benefício: reduzir o impacto financeiro nos clubes.
Há na literatura diversos estudos que buscaram levantar os prejuízos financeiros que as lesões de jogadores de futebol geram aos clubes. Um desses é bem recente, foi publicado em abril de 2020, analisou dados de cinco temporadas da Premier League, a primeira divisão da Inglaterra, para estimar o efeito das lesões no desempenho dos times da liga e os impactos financeiros sofridos.
Os autores do estudo estimam que uma equipe média da Premier League perdeu aproximadamente £ 45 milhões por temporada devido a lesões. A estimativa é baseada na avaliação do fracasso da equipe na tabela do campeonato (£ 36 milhões) e em um cálculo direto de salários pagos a jogadores lesionados (£ 9 milhões).
Então, logo se percebe que os programas de prevenção de lesões musculares no futebol são importantes para a saúde do atleta, mas também para a saúde financeira dos clubes.
Os times de futebol e seus departamentos médicos estão cada vez mais procurando maneiras de prevenir lesões de seus jogadores, pois sabem da importância de ter o elenco totalmente disponível durante toda a temporada.
Protocolos para prevenção de lesões
Ser capaz de prevenir lesão é inspirador e tudo mais, só que isso não quer dizer que seja algo fácil. Porém, não chega a ser algo de outro mundo e com a ajuda de estudos e tecnologias corretas, o fisioterapeuta pode desenvolver protocolos específicos para a prevenção de lesão.
Há um bom desafio para a etapa de planejar programas ou protocolos de predição de lesões, afinal, o fisioterapeuta precisa ter uma boa base teórica e prática para desenvolver o protocolo ideal.
Contudo, é preciso que o fisioterapeuta entenda que há várias intervenções diferentes que podem ser usadas para prevenção de lesões da mesma maneira. E vai de caso a caso definir o protocolo mais indicado para determinado tipo de lesão.
Mas anime-se. Vivemos numa era única na história em que com poucos cliques podemos encontrar inúmeros artigos e publicações científicas que nos ajude a entender mais sobre determinado tema e a realizar tratamentos baseados em evidências.
Hoje temos acesso a plataformas como o PEDro ou o PubMed, por exemplo, que contam com milhares de publicações de profissionais de todo o mundo, inclusive do Brasil.
Se você não costuma visitar essas plataformas, comece agora mesmo. Basear suas práticas em evidências é garantir que o atleta está recebendo o melhor tratamento e que há um motivo validado para o fisioterapeuta evitar futuras lesões.
Prevenção lesões de jogadores com o E-lastic
Por falar em prática fisioterapêutica baseada em evidências, deixe-me falar do E-lastic. Um serviço completo para mensuração da força muscular que auxilia fisioterapeutas a identificarem déficits de força, acompanhamento pós-cirúrgico e outras funcionalidades, por exemplo.
Nos próximos parágrafos vou mostrar como o E-lastic ajuda na prevenção de lesões musculares de jogadores de futebol e dão aos fisioterapeutas mais dados na avaliação da força muscular.
Uma maneira prática de prevenir lesão é identificando músculos com força aquém do normal. Para isso, o fisioterapeuta pode realizar a medição da força máxima da musculatura do atleta, algo que por muito tempo foi subjetivo, mas hoje há tecnologias que dão essas informações de maneira precisa ao profissional.
Com o E-lastic, isso é feito de maneira simples: o dinamômetro é acoplado a uma superfície fixa e a outra extremidade é fixada no membro aferido do paciente, como pode ver neste post.
Após a medição, o app salva as informações para análise do fisioterapeuta. Essas informações são bastante úteis para identificar se há assimetria de força entre os músculos, no caso do exemplo, o posterior e o anterior da coxa.
De maneira automatizada, a tecnologia E-lastic calcula a diferença de força entre os músculos para descobrir se há assimetria. Mostrando que se a diferença é maior do que 10% a assimetria de força existe e a região fraca deve ser fortalecida, caso contrário uma lesão pode ocorrer.
Essas informações podem ser vistas pelo relatório individualizado do paciente, como na imagem abaixo.

Desta forma, com acesso à informação de força para basear suas decisões em evidências, o fisioterapeuta pode estabelecer protocolos ideias para a prevenção de lesão em atletas de futebol.
Esses protocolos podem, inclusive, serem adicionados ao app de maneira bem simples.
É fisioterapeuta e avalia força? Fale com um de nossos consultores agora mesmo para assinar o E-lastic e utilizar essa ferramenta Padrão Ouro em seus atendimentos.
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